domingo, 14 de junho de 2009
Pé no chão. Braços abertos.
Tem gente que dá muito valor para as certezas. Certeza de um trampo seguro, da fidelidade do maluco que dorme do seu lado, certeza de como o dia será amanhã. A necessidade de ter certeza nas coisas pode ser um grande impedimento em vivê-las por inteiro. Na hora que elas acontecem. Porque a hora de acontecer nada mais é do que a hora que seu coração te diz que é ali mesmo que você deveria estar naquele momento. E pra isso não tem hora, grande acontecimento, não é daqui dois aniversários, pode ser agora mesmo se assim disser teu coração.
Ser flexível ao que não era esperado é questão de treino, mudanças assustam e é difícil sair da zona confortável. Sim, porque mesmo uma rotina cheia de pequenas frustrações uma hora acostuma. E aí quando temos chance de fazer diferente ficamos com aquela sensação de criança no parquinho, antes de entrar no túnel fantasma, vontade de sair gritando, incapaz de imaginar o que espera lá dentro. Mas a outra possibilidade é aceitar. Aceitar as oportunidades que a vida oferece, aceitar o que nos é posto no caminho. Abraçar. Entrar no carrinho do trem e dar risada quando o monstrengo com cara do Serra aparecer. Lembrar que o carrinho, assim como tempo, não pára. E as coisas independem da sua bundamolice para acontecer, o carrinho continuará nos trilhos se você não entrar, e amanhã o cara da feira vai embrulhar um peixe no jornal, a velhinha vai jogar um punhadinho de milho pras pombas. Será um bom dia pra um monte de gente, e um mal dia para outro tanto. Você escolhe como estar em meio a todo esse movimento. Se será omisso, arrumará álibis pra tudo que não acontece como se contava, ou se vai abrir os braços e aceitar com zelo o que é teu por merecimento.
Ps: Foto de Gustavo, meu amigo Sudão. Em Paranapiacaba. A neblina não nos deixava ver muito adiante (estou há uns 4 metros dele) mas nós não paramos de andar. Como deve ser.
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7 comentários:
Aaaaahhhh... ADOROOOOO!!!
Mais uma vez, obrigada por fazer do meu dia, um dia MTO MELHOR!!!
Amooo viu Mazinha!?!?
beijos flor
Mázinha Nits Nitiba... tem gente que fala sozinha. E você escreve pra si mesma. Cada um com sua loucura né? Quando você escreve essas coisas eu tenho a impressão que tô te vendo distraída no carro ao lado, ouvindo um rap do bom e comendo um saco de bala chiclete. Ou, na boa, alguém muito parecido com você.
Beijos, te amo serelepe
o meu post foi o contrário do seu... eu me pauto sobre as incertezas para poupar dores e sofrimentos maiores, poderia até chamar de NEGAÇÂO se usar aqui se psicologismo.
"Nós somos do tecido de que são feitos os sonhos"
muitas vezes (ou quase sempre) somos seres frageis que se escondem atras de um monte de "CERTEZAS"!!!na verdade marina ..penso q sim cada wm escolhe o seu jeito d levar a vida ...suas escolhas ...conceitos etc...
mas ha momentosem q ponho a pensar se realmente temos o controle de nossa vidas....
as coisas acontecem de uma forma tão desordenada!!
cabe a nos tentar dirigir as nossas vidas sem sofrermos influencia do mundo q nos rodeia!!!sei la?!?!!!
...é issso keep going ...and see you late...
bye
Texto ameiii, foto ali maravilhosa de braços abertos,a neblina.. pronta para ser abduzida (rsrs)
Beijuss!
me limito muito à tema e exewcução e por vezes o lirismo do que vc escreve me foge muito... Gostei da menaira incerta que vc aborda as pretensas certezas. Isso é muito bonito. Belo texto
Adorei o seu texto. É adorável a possibilidade de olhar as incertezas de um jeito sublime...
Nesse passeio rápido por aqui, nesta manhã de domingo, fui fisgada pelo desejo de voltar.
Até!
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