
ABCDMRR é a sigla para a região que envolve as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Na boca e no imaginário dos brasileiros, a megalópole é simplesmente o ABC: uma sigla que remete predominantemente a indústria automobilística e ao conseqüente movimento sindical que eclodiu na região no final dos anos 70.
Esta conjuntura forjou uma massa de trabalhadores politizados, que deram a região um contorno perene de ativismo, engajamento e contracultura. Talvez o exemplo máximo do poder ideológico da região, seja o governo Lula (não vamos nos ater aqui aos prós e contras destes mandatos. O que nos interessa é o fato histórico: um metalúrgico que chega ao mais alto posto do Estado brasileiro).
Como não poderia deixar de ser, os movimentos artísticos sempre estiveram presentes neste caldeirão sócio-cultural. A proximidade com a capital paulista (canal fundamental de informação) e a efervescência ideológica, moldaram manifestações artísticas peculiares, que naturalmente fugiram das adequações impostas pela indústria cultural.
Agora é a hora do ABC se solidificar justamente nesta outra indústria: a cultural. Não submetendo-se ao modus operandi desta máquina massificadora, que preza pelo pasteurizado, pelo efêmero... Mas sim o contrário. Devemos organizar nossa rede cultural e estabelecer um novo sistema, de modo que seja inevitável para a indústria cultural se submeter às nossas condições.
Meios de comunicação, empresários, formadores de opinião etc, têm responsabilidades na construção e manutenção deste cenário. Não vamos esperar o reconhecimento externo para valorizar aquilo que acontece ao nosso lado.
Temos que prestigiar, valorizar, movimentar e fazer com a arte do ABC tenha suportes e espaços para circular com dignidade. Aqui e agora!
Esse texto é do parceiraço Luiz Eduardo Galvão, vulgo Ticha. Foi publicado nesta terça no ABCD MAIOR. Esse é o NOSSO movimento. Avante!
Esta conjuntura forjou uma massa de trabalhadores politizados, que deram a região um contorno perene de ativismo, engajamento e contracultura. Talvez o exemplo máximo do poder ideológico da região, seja o governo Lula (não vamos nos ater aqui aos prós e contras destes mandatos. O que nos interessa é o fato histórico: um metalúrgico que chega ao mais alto posto do Estado brasileiro).
Como não poderia deixar de ser, os movimentos artísticos sempre estiveram presentes neste caldeirão sócio-cultural. A proximidade com a capital paulista (canal fundamental de informação) e a efervescência ideológica, moldaram manifestações artísticas peculiares, que naturalmente fugiram das adequações impostas pela indústria cultural.
Agora é a hora do ABC se solidificar justamente nesta outra indústria: a cultural. Não submetendo-se ao modus operandi desta máquina massificadora, que preza pelo pasteurizado, pelo efêmero... Mas sim o contrário. Devemos organizar nossa rede cultural e estabelecer um novo sistema, de modo que seja inevitável para a indústria cultural se submeter às nossas condições.
Meios de comunicação, empresários, formadores de opinião etc, têm responsabilidades na construção e manutenção deste cenário. Não vamos esperar o reconhecimento externo para valorizar aquilo que acontece ao nosso lado.
Temos que prestigiar, valorizar, movimentar e fazer com a arte do ABC tenha suportes e espaços para circular com dignidade. Aqui e agora!
Esse texto é do parceiraço Luiz Eduardo Galvão, vulgo Ticha. Foi publicado nesta terça no ABCD MAIOR. Esse é o NOSSO movimento. Avante!