Quem vem lá?

terça-feira, 29 de junho de 2010

Novos Motores do ABC. A hora é agora!

Olha eu ali no meio! Volkswagen. Assisti o jogo BrasilXPortugal com essa galera aí. Grandes artistas!


ABCDMRR é a sigla para a região que envolve as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Na boca e no imaginário dos brasileiros, a megalópole é simplesmente o ABC: uma sigla que remete predominantemente a indústria automobilística e ao conseqüente movimento sindical que eclodiu na região no final dos anos 70.
Esta conjuntura forjou uma massa de trabalhadores politizados, que deram a região um contorno perene de ativismo, engajamento e contracultura. Talvez o exemplo máximo do poder ideológico da região, seja o governo Lula (não vamos nos ater aqui aos prós e contras destes mandatos. O que nos interessa é o fato histórico: um metalúrgico que chega ao mais alto posto do Estado brasileiro).
Como não poderia deixar de ser, os movimentos artísticos sempre estiveram presentes neste caldeirão sócio-cultural. A proximidade com a capital paulista (canal fundamental de informação) e a efervescência ideológica, moldaram manifestações artísticas peculiares, que naturalmente fugiram das adequações impostas pela indústria cultural.
Agora é a hora do ABC se solidificar justamente nesta outra indústria: a cultural. Não submetendo-se ao modus operandi desta máquina massificadora, que preza pelo pasteurizado, pelo efêmero... Mas sim o contrário. Devemos organizar nossa rede cultural e estabelecer um novo sistema, de modo que seja inevitável para a indústria cultural se submeter às nossas condições.
Meios de comunicação, empresários, formadores de opinião etc, têm responsabilidades na construção e manutenção deste cenário. Não vamos esperar o reconhecimento externo para valorizar aquilo que acontece ao nosso lado.
Temos que prestigiar, valorizar, movimentar e fazer com a arte do ABC tenha suportes e espaços para circular com dignidade. Aqui e agora!


Esse texto é do parceiraço Luiz Eduardo Galvão, vulgo Ticha. Foi publicado nesta terça no ABCD MAIOR. Esse é o NOSSO movimento. Avante!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sonhos não envelhecem

“E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção E o coração na curva de um rio rio rio rio...”

(Clube da esquina nº 2)

Noite passada eu estava num barco percorrendo um rio revolto, tipo Pororoca, com ondas, barrento. E não estava sozinha, estava com minha mãe e algumas amigas próximas. De repente o barco entrou em trilhos e danou a fazer curvas vertiginosas na maior velocidade e eu me segurava nas madeiras que iam se soltando, com o coração na boca.
Mas essa noite... ah foi muito mais tranquila, estava acampada nas margens de um rio (dessa vez calmo e claro), debaixo de um céu de estrelas, alguém tocava um violão. Estava vestida com uma blusa xadrez verde que adoraria ter e comemorava o ano novo. Com direito a fogos champagne.
Acordei com uma sensação boa, renovação, começo. Eu sei, o ano nem é tão novo assim, já está pela metade. Mas porque não começar agora, e quem é que disse que a gente tem que bater continência para os xis que povoam o calendário? E quem é que falou que isso é um ano? Quem deu esse nome? Nesse mesmo espaço já discorri certa vez sobre o “tempo do coração”, pois bem, o meu diz que nem a mais poderosa mandingueira seria capaz do “abre caminho” que meus sonhos me ofereceram esta noite e também quando acordei.
Missão cumprida, coração tranqüilo, aquele abraço pra quem fica. Dificilmente senti-me assim em qualquer data que impusesse tal sentimento. E naquelas listas enormes que a gente se enche de incumbências, “fazer curso de inglês, beber menos, entrar na academia... etc e tal”, na lista do meu (re)novo ano/tempo, sugiro-me com carinho apenas dois itens: Ficar em paz. E ser feliz.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Costas Quentes

Foto de Rafael Morpanini (nov/2008) com a super montagem de Joana Horta

Joaninha diz:
e ai lindona!
voltou ontem que horas?
Marina diz:
oi minha lindeza, voltei de tardezinha, umas 15h, aí fui pra casa da namorada do meu pai, fiquei lá com ele até à noite e vim pra casa, friorenta. e vc?

Joaninha diz:
voltamos a noite
te procurei na praia
num te achei
meu ma
to muuuuuuito
orgulhosa de vocÊ
da hora cara
não sei se eu saberia ter essa postura
você é muito linda mesmo!!!!!!

Marina diz:
Ah Jojozinha, tenho meus momentos, não se iluda hahaha

Ontem mesmo eu fiquei tristinha, com saudade... com vontade de ficar sozinha... mas normal né? O que me faz seguir em frente é que eu tenho as costas quentes Jô...

Pra quem tem amigos como os que eu tenho, tão amorosos, o mínimo que eu faço pra retribuir é ser feliz, rs

Joaninha diz:
ahhh
mas não to falando de vc estar feliz
estampando um sorriso no rosto pra esconder a lágrima
to falando da sua aura
da sua capacidade de passar uma boa energia
Foda mesmo Ma. Foda.
Vc acha que todo mundo é capaz de gerir essa energia que vc emana?

Marina diz:
Ô Jô... que bom Jô... é a melhor coisa que eu poderia saber, rs
Fiquei muito feliz no sábado. Foi ótimo, o papo, a breja, o vinho, o queijinho, tudo, que coisa boa

Joaninha diz:
nossa ma
fiquei com o maxilar doendo
foi mágico!

Marina diz:
o momento ali nos permitiu... rs

Joaninha diz:
foi
kkk
liga pro Tarso
vamo povoar o campo de golfe dele com nossa comunidade alternativa!

Marina diz:
huahauahahahahahah

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O díspare espelho cristalino e os reflexos das consequências de nós dois


Durmo com fome e acordo com sede; Boca com boca. Pêlo com pêlo...

Junto com minhas calças vão-se parte das convicções. Ficaram largas demais pra mim; Abraço e sinto forte pulsar do coração que ora, acreditava....

Vai-te desfazendo dos diamantes que ornei tua imagem em qualquer Diamantina.
Perde-se em luminosos sem luz. Desafia meu poder de dedução, subestima o tamanho do que me dói; Minha mão escorria por uma perna ocupando-se de um transe com gosto de Marlboro...

Retorna-me ao passado, onde parei, onde me perdi. Onde me acostumei ao riso e quando descobri que a cumplicidade é casual; Beijo um peito nu...

Psicografo palavras que saem da caneta hemorrágicas numa madrugada fria qualquer.Nenhum frio é maior; Arranco um cinto, me puxo algo, fico por cima , altiva...beijo com a violência de um Peckinpah em ação...

Agora o cigarro enjoa. Incalculável o engano, a perda e o que há de bom; Acaricio, beijo seu pescoço de penugem arrepiada, afundo as pontas dos dedos na pele das costas, possuo. Um suspiro. Reconforto. Entrega-se...

Toca qualquer coisa no rádio, não toca CD. Muitas coisas estão quebradas. Crimes perfeitos não deixam suspeitos... Um dia desses num desses encontros casuais...
Prefiro o Marvin Gaye que trouxe embaixo do braço. Mas já não posso escolher sempre; Paixão insana, prazer e dor. Vou ao céu e ao inferno. Vejo estrelas num deserto de areia branca.


Não, não vale a pena ter raiva. De tudo o que foi dito nada faz tanto sentido. E o que me espera é a estrada sob a lua que mais parece um cálice que me embriaga; Beijo todo um corpo nu mas agora é ternura.

E a vida, claro, a vida me espera de braços abertos. Amantes; Meu chá verde de lichia pela metade na geladeira...

Sim você me ama; Antes de pensar em morte lenta, mais lentamente ainda você adoraria saber o gosto da minha boca...

Tiro o chapéu, você (me) acertou meu bem. Ganhou um engradado e minhas grades.

Mas não o que me faz grande...