Quem vem lá?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Hoje é segunda-feira e decretamos feriado...


Ah a segunda-feira... Não sei por que se chama segunda se não há a primeira para nos preparar melhor. Devia haver outro dia entre o domingo e a segunda, um prefácio, um prólogo, qualquer coisa que amenizasse o impacto da segunda-feira, quando tudo se torna muito real, real demais.
E esse fim de semana fui à peça “Nossa Vida não vale um Chevrolet”. Parece que quando se trata do Mário Bortolotto todo mundo tem algo a dizer. Há quem seja fã, adepto de sua linguagem e estilo, há também quem odeie. E tem quem simplesmente respeita, sou desse último grupo aí. A peça foi boa, vale lembrar que não sou crítica, atriz, modelo dançarina ou coisa que o valha. Sou público. E vejo tudo o que posso despida de qualquer tipo de pré-conceito. E isso é muito bom pra mim. Se eu me interesso vou lá e prestigio. Não tem coisa que deixa mais empaspalhada do que neguinho que fica dando opinião sem conhecer bem a obra do cara, ou esponjando, sabe como é? Lê alguma coisa em algum lugar e sai proferindo “teses” como se fossem suas. Uó.
A peça conta a estória de três irmãos que são ladrões de carro e dois deles são lutadores de rua. Achei demais a atuação dos caras. De todo mundo, em especial a Fernanda D´Umbra. Ela faz a Sílvia, uma mulher carente que se envolve com as figuras mais bizarras para aplacar a solidão, passou o rodo nos três irmãos. Era cômico, mas muito triste. Nas cenas dela o povo se matava de rir, mas eu quase chorei. Aliás, todo mundo ria de tudo. Acho que tô ficando ranzinza. Acho um saco quando dão risada numa hora que não é pra rir, quebra o clima. Bom, posso dizer que valeu a pena, tanto pela peça quanto pela minha companhia, a Nayara. Doce Nayara... Tem épocas da minha vida que eu queria morar dentro do seu cabelo.
Mas deixemos esse papo de fim de semana pra lá, até porque o meu foi bem etílico e ficar pensando nisso na segunda já me parece nostálgico. "Outra vez vou me esquecer, pois nestas horas pega mal sofrer. Da privada eu vou dar com a minha cara de panaca pintada no espelho e me lembrar, sorrindo, que o banheiro é a igreja de todos os bêbados".


Metamorfoses- Que tudo muda o tempo todo no mundo o velho Tim Maia já havia nos alertado. Mas e quando, num curto espaço de tempo, um monte coisas começa a mudar? Você se vê na necessidade de ser o mais flexível que puder, porque não adianta oferecer resistência, as pessoas mudam, a vida muda e pronto. Você querendo ou não. As mudanças podem ser superficiais, uma franjinha nova, um caminho diferente ou um cara que era nerd na escola e vira doidão, um dia te encontra na rua e ainda te chama de careta. E também podem ser mais profundas, mudanças de valores mesmo. Mas essência... essa é uma só. E quando me surpreendo com uma mudança repentina, logo acredito que a essência das coisas sempre foi única, que talvez fosse eu que não me dei conta. Nesse caso me apego à minha. Confio nela. E ela não muda. Tipo o cabelo da Nayara. E ah...Um dia eu ainda moro lá.

Um comentário:

. disse...

Sua coisa mais linda!
Quer morar no meu cabelo só pra curtir seu 'bodinho' mais quentinha!rs
Amo demais!
Ter você, perto ou, não, é privilégio para poucos!
Que venham mais escritos, Má!
Adorada!

aquelasgigs.blogspot.com